A tenda da vigília da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), na Praça Saldanha Marinho, ganhou um novo cenário. A
Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm) doou à associação um banner novo estampado com as fotos e os nomes das 242 vítimas da tragédia da boate Kiss.
O antigo painel, que ficou três anos no local, já estava desgastado pela ação do tempo. O banner foi fixado por volta das 15h desta segunda-feira.
_ A tenda é um local de referência para muitas pessoas daqui e até outras cidades, que chegam e param ali. Nessas datas de final de ano, também é quando sentimos bastante saudade dos nossos filhos e ver o banner todo danificado como estava não era bom. Muitas mães nos relatavam isso, além daquela impressão de descaso. Procuramos a Sedufsm, que é nossa parceira desde 2013, e o pessoal do sindicato mediatamente nos ajudou – reconhece Flávio Silva, presidente da AVTSM.
PROJETO APROVADOEm setembro, foi o Instituto de Planejamento (Iplan) aprovou um projeto para repaginar o espaço da tenda, incluindo uma cobertura em acrilíco, bancos e a construção de um monumento em concreto com nome das vítimas. O projeto arquitetônico foi elaborado por alunos do curso de Arquitetura da Universidade Franciscana (UFN), sob a supervisão do professor Adriano Falcão, e tem como responsável técnico o presidente do Iplan, Daniel Pereyron. A execução do projeto depende de recursos, os quais a AVTSM já vem articulando para angariar.
Caso Kiss se tornou a maior e mais difícil cobertura em 18 anos de trajetória do Diário
OITO ANOS DA TRAGÉDIANo dia 27 de janeiro de 2021, a tragédia completará oito anos. O processo que apura a responsabilidade pelo incêndio foi distribuído por sorteio para o 2º Juizado da 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre. Os quatro réus tiveram o desaforamento do júri, ou seja, a transferência do julgamento Santa Maria para a Capital gaúcha.
Na última semana, foi definida a juíza titular pelo júri:Taís Culau de Barros. Os 86 volumes do processo já estão no cartório da vara, no prédio I do Foro. O júri ainda não tem data para acontecer.
O juiz Ulysses Fonseca Louzada, de Santa Maria, era o responsável por conduzir o processo até o início deste ano. O magistrado acompanha há sete anos o processo criminal.